Morar em Portugal está me proporcionando esta possibilidade de viajar mais frequentemente, já que o país funciona como uma excelente ponte para vários destinos europeus e mundiais.

No último verão a oportunidade surgiu e uma amante da Natureza como eu não podia deixar de a agarrar. Quero muito contar como foi esta experiência verdadeiramente mágica

A antecipação da viagem traz aquele friozinho na barriga que mistura as expectativas de tudo o que estamos prestes a viver com a logística dos horários, documentos, e todas outras “chatices” necessárias à partida.

Porém, neste caso posso confessar que eu mal via a hora para finalmente chegar na Noruega. Quando dei por mim o avião já tinha levantado de Portugal!

Chegados a Oslo, capital do país, não nos demoramos muito a partir para uma pequena vila que se tornou célebre durante os jogos Olímpicos de Inverno de 1994, onde fica situado um dos centros de esqui mais conhecidos de toda a Escandinávia. Também o lago Mjosa, o maior da Noruega, banha esta localidade.

Nesta altura do ano o frio não se revela agreste, o que permite absorver na perfeição a beleza do país. Assim, este e os dias seguintes dificilmente poderão ser retirados da minha memória.

A Noruega é uma aventura em várias frentes, como se se deixasse ver pelo homem sem que este a pudesse conquistar na totalidade. É um país onde dá a sensação de que fomos chamados para assistir e viver num cenário desenhado para gigantes.

São viagens de trilhos sinuosos que serpenteiam os taludes escarpados, feitas por comboios icónicos de outros tempos ou barcos que deslizam nas massas de água. São glaciares que no degelo emprestam as cores tropicais azul-esmeralda às águas frias dos fiordes e lagos que a banham.

Promontórios que se aventuram mar adentro, montanhas colossais que se erguem e recortam pela paisagem a seu belo gosto, conduzindo os canais de água entre as suas fileiras como se fossem um rebanho, deuses imparáveis da mitologia nórdica indiferentes aos nossos humildes olhares humanos.

Pelo meio desta natureza inaudita pudemos visitar inúmeras vilas e deparar com pitorescas aldeias encravadas entre mar e montanha, com igrejas em madeira e uma organização medieval onde ainda é possível respirar o modo de vida Viking.

Tive a oportunidade de contemplar estes cenários em experiências transcendentes que nos chamam à terra. De me deixar estar, tanto serena como inquieta perante a imensidão das coisas, entre a luta de altitudes, de estações, de cores, entre o quente e o frio, o passado e o presente.

Esta viagem foi um sonho para mim e estou extremamente grata pelas recordações preciosas que trago comigo! Com tanto por onde escolher é difícil deixar alguns destaques mais específicos como nota, mas vou tentar apontar algumas das coisas que mais gostei:

– O Glaciar de Briksdale, situado no Parque Nacional de Jostedalsbreen, é o maior glaciar da Europa, com 500 km2 de superfície e camadas de gelo com 700 m de espessura
– Viagem no comboio Flamsbana, o mais famoso da Escandinávia, que é reconhecido a nível mundial pela engenharia norueguesa e atravessa vales com paisagens incríveis.

– A travessia pelo Sognefjord, conhecido como o “rei dos fiordes” e considerado o maior do mundo, com os seus 204 km de comprimento e 1.308 metros de profundidade.
Também já está com vontade de visitar os países nórdicos? De Portugal fica mais fácil viajar, mais um motivo para procurar um imóvel de luxo no país!

Entretanto fique atento e não perca o meu próximo destino. Até já!